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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O SOBRENATURAL do MUNDO NATURAL


C. S. Lewis disse certa vez:



“Crianças não são enganadas pelos contos de fadas, na maioria das vezes, elas são gravemente enganadas pelas histórias que se passam em escolas. Os adultos não são enganados pela ficção científica, mas eles podem ser enganados pelas histórias de revistas femininas.” 



( An Experiment in Criticism)



Para uma mente cética, descobrir na capacidade para a imaginação um caminho até um novo universo é algo esplêndido. O sobrenatural que há em nosso mundo está concentrado em nossas mentes! Onde podemos desfrutá-lo, se não em nossas historias criadas? E por que as criamos, afinal? (Você já se perguntou?)



Estava assistindo outro dia uma série que gosto muito chamada "Once Upon a Time" (Era uma vez), e comecei a pensar a respeito do enredo daquela trama, assim como nas histórias de outras obras voltadas para o mundo Fantástico! Em que se baseia o sucesso de uma grande narrativa épica?




"Na união de dois mundos..." 

Concluí depois de ponderar por alguns instantes.
 *--*

Na série citada, o mundo que conhecemos unia-se ao de Contos de Fadas em Storybrook, consistindo seu grande poder de atração no engajamento dessas duas realidades! Sobrenatural e Natural. Quantas pessoas não ficaram ansiosas com o último episódio da primeira temporada? rsrs Quando Pinóquio deveria convencer Emma de que aquilo tudo era real? A beleza estava aí... 

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E não somente nessa obra vemos tal coisa.. Harry Potter e seu mundo mágico, juntamente com Frodo e sua missão na Terra Média, sem deixar de fora um guarda roupa que servia de portal para crianças se dirigirem a Nárnia descrevem mundos novos que nos maravilham! Os contos de fadas são mesmo infantis? Uma princesa que beija um sapo não ensina que anfíbios podem virar príncipes, mas que podemos encontrar pessoas maravilhosas e amigos verdadeiros nos lugares mais inesperados. 

Uma vez ouvi uma psicóloga falar acerca dos perigos para as crianças de uma exposição "exagerada" a conteúdos de entretenimento, mesmo que sejam educativos. Ela está certa. Em um mundo como o nosso, todas as coisas podem realmente aprisionar a mente de uma criança, ou adulto devo dizer, e corromper o seu senso de realidade, se houver negligência dos pais no primeiro caso. Em decorrência do pecado em nosso mundo e de nossos excessos e da corrupta procedência dos nossos hábitos e vícios, pais que abandonam a educação de filhos podem realmente temer que o único conselho que estes recebam acerca desse assunto seja o de Dumbledore a Harry diante do Espelho de Ojezed (em "A Pedra Filosofal"), dizendo:
"Não vale a pena viver sonhando, Harry, e esquecer-se de viver..." ✍ 

Mas, apesar disso, não é somente "perigo", "fuga da realidade" e "um fomento para nossa natural inclinação para servir outros deuses", que tais manifestações de criatividade nos conferem, mas há algo maior por trás disso tudo, e que deve ser levado em conta. Algumas Igrejas proíbem seus fiéis de verem ou lerem tal e tal conteúdo (Devemos ter cuidado santo em amor com a Igreja de Cristo, pois o perigo é real, mas evitemos exageros, que muitas vezes procedem de balança enganosa).Emoticon unsure

Como dizia, no entanto, há algo maior e mais poderoso nesta questão do que um olhar apressado e cheio de preconceitos pode registrar num primeiro contato, pois, voltado para a raiz desses mundos ficcionais que criamos em nossas mentes e no nosso desejo pelo misterioso, talvez seja possível apreender um significado oculto dentro de nós mesmos: o fato de que nesse aspecto parecemos com nosso Criador ♜. Nós criamos novos mundos e novas criaturas, com sentimentos, com conflitos, algumas vezes à nossa imagem e semelhança, outras vezes à semelhança de outros. Além de tudo isso, também estabelecemos ordem no nosso universo particular, e, ao regular tais mundos imaginários, nossa própria moral é transmitida ao leitor. Dificilmente temos amor pelo desonesto e vil, e mesmo quando algum autor cria um psicopata assassino para determinada trama e o eleva à posição de protagonista, não é sua maldade que fascina o público, mas seu lado bom que insiste em gerar toda a fonte do conflito (estou me referindo a "Dexter", que, mesmo não sendo um gênero fantástico, e muito menos um seriado louvável para citar em um blog cristão, é um bom exemplo de como transformamos um monstro e seus atos vis em algum tipo mórbido de justiceiro/vingador). Mesmo em nossa fraqueza, pecado e corrupção, muito superior a tudo isso, amamos criar e exaltar a honra de atos heroicos frente a vilões e dificuldades impossíveis, e nós fazemos isso com excelência (mesmo que o vilão e o mocinho sejam o mesmo, e a batalha se dê dentro de nossas mentes, o bem é sempre elevado, e o mal rejeitado). A partir dessa perspectiva, podemos finalmente vislumbrar o que C. S. Lewis sabiamente descreveu como uma percepção parcial e imperfeita da Verdade de Deus através da imaginação. A imaginação exalta a glória de Deus, mesmo que se encontre, como hoje, cheia de depravações e deturpações. Nosso "eu" clama por um Redentor, e nossa moral está amparada pela justiça de Deus, ambas inclinações e necessidades supridas pela Revelação Bíblica. 
O Evangelho é e sempre será o maior entrelaçamento de dois mundos existentes, com certeza apresenta o Maior e mais glorioso Herói e Salvador já visto no Cosmos e sua história e trajetória é incomparável por assegurar o mais brilhante dos Finais Felizes, como está escrito:

As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam. (1 Coríntios 2:9) ❄

Glórias a Seu nome
Kertelen Ribeiro
Emoticon kiki

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